Diversas foram as exposições que se fizeram com os desenhos de Álvaro Siza Vieira: de pessoas, de lugares, de objetos, de esboços de projeto. Vittorio Gregotti, o arquiteto italiano autor do Centro Cultural de Belém em Lisboa, no prefácio do livro "Alvaro Siza: Imaginar a evidência", afirma mesmo que os seus desenhos são tão célebres quanto a sua arquitetura.
Os esquiços de projeto de Siza são uma forma de captar a essência dos lugares, de exercitar a memória e de encontrar uma forma em equilíbrio com a natureza.
"Desenho é projecto, desejo, libertação, registo e forma de comunicar, dúvida e descoberta, reflexo e criação, gesto contido e utopia." Siza, Novembro 2001.
Igreja de Marco de Canaveses
Casa em Peso, Sintra
Casa de Chá em Leça - www.sizavieira.pt
Por outro lado, desenhar é um prazer que exercita sempre que surge uma oportunidade e uma folha em branco. No livro "Alvaro Siza: esquissos do Douro", o arquiteto afirma que "Nenhum desenho me dá tanto prazer como estes: desenhos de viagem." Na mesma obra diz gostar de viajar, de passear ao acaso e de ver o que o atrai, como um descobridor. Afirma ainda que o desenho surge naturalmente como um modo de fixar imagens, rostos, pormenores...
desenho de viagem
E é da mesma forma espontânea que desenha as pessoas à sua volta, à mesa de jantar ou durante uma conferência, sem que isso afete a concentração no que o rodeia.
Por vezes, uma e outra forma de desenho cruzam-se na mesma folha de papel.
Fotografia: Ricardo Meireles - Storibox Photo
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