“A sustentabilidade é parte integral do projeto”, diz Rochelle Castro

 

A estratégia não é uma fórmula para o sucesso, mas tem dado certo para eles

4 de julho de 2014

Eles são jovens, criativos e, assim como outros profissionais da nova geração, apostam nos concursos públicos de arquitetura como meio de captação de projetos. Os arquitetos da MAPA, coletivo binacional que surgiu da fusão dos escritórios MAAM e STUDIOPARALELO, acreditam que participar de competições de forma consorciada incrementa as estruturas para encarar desafios maiores e cria oportunidades para novas possibilidades de desenvolvimento de projetos. A estratégia não é uma fórmula para o sucesso, mas tem dado certo para eles. O escritório coletivo venceu o mais recente concurso organizado pelo IAB-RS, que selecionou a melhor proposta para a expansão da sede do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (Senge-RS). A entrevistada desta semana na seção 5 Perguntas é a arquiteta Rochelle Rizzotto Castro, líder da equipe, que contou detalhes do mais novo projeto premiado.
Clique aqui para baixar o projeto da MAPA para a expansão da sede do Senge-RS
IAB: Quais foram os desafios na definição do partido arquitetônico a ser adotado? Como essas questões foram resolvidas?
Rochelle Rizzotto Castro: O principal desafio foi atender ao programa do estacionamento de forma a viabilizar a construção em subsolo, e possibilitar a organização dos programas mais públicos no pavimento térreo. Através de um sistema de bandejas em meio nível, foi possível compactar as áreas de estacionamento com uma menor profundidade de escavação. Para a solução construtiva, buscou-se um sistema de parede cortina pré-moldada.
IAB: O projeto de vocês prevê um processo construtivo em etapas e a utilização de materiais pré-fabricados. Quais as vantagens dessa opção? Por que vocês acharam que essa dinâmica seria a mais adequada à obra de expansão do prédio do Senge-RS?
RZC: A proposta de pré-fabricação está diretamente relacionada à viabilidade de execução, minimizando o impacto da obra frente à manutenção da sede do Senge no edifício atual. O processo propõe uma maior ênfase na montagem dos elementos, gerando um processo mais racional e econômico. A construção em etapas busca a viabilidade econômica da obra, que era solicitada no edital do concurso.
IAB: O projeto de vocês apresenta uma atenção à sustentabilidade. Como esse aspecto foi trabalhado?
RZC: A sustentabilidade é proposta como parte integral do projeto. Ela não se limita ao que se refere à sustentabilidade ambiental, como nas questões descritas de ventilação cruzada, insolação, cobertura verde e aproveitamento de água, mas também busca estratégias para minimizar o impacto da construção (através da pré-fabricação) e a viabilidade de manutenção do edifício em relação à habitabilidade e redução do consumo.
IAB: No projeto, vocês defendem o posicionamento frente à implantação como ponto-chave do trabalho. Qual é o motivo dessa opção?
RZC: O terreno tem delimitações claras e importantes, que são configuradas pelas preexistências e pela conexão com a esquina. Assim, buscou-se a apropriação do lote compondo com a escala urbana a partir da volumetria e dos gabaritos de altura dos edifícios do entorno. A implantação, neste caso, foi o principal condicionante da proposta, e resultou na conformação do quarteirão, unificando e qualificando o existente.
IAB: Percebe-se uma preocupação do projeto em criar uma área social. Qual é a importância desse espaço, que conecta a sede do Senge-RS à cidade?
RZC: Acreditamos que o pavimento térreo deve retomar o caráter público de esquina. Essa questão é enfatizada pela proposta, principalmente na ligação entre o edifício existente e a disposição dos programas de lojas, restaurantes e demais espaços públicos, os quais enfatizam a conexão com a rua.
Via IAB
Fonte: http://www.caubr.gov.br/?p=26879

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