Brasil utiliza somente 50% dos conceitos de planejamento urbano

Os mesmos aplicados em países de primeiro mundo

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Os especialistas em planejamento urbano no Brasil seguem apenas 50% dos conceitos aplicados nas grandes cidades do Primeiro Mundo. Para abrandar congestionamentos nas áreas centrais, sugerem soluções semelhantes às implantadas em grandes metrópoles: desestimular o dono do automóvel a utilizá-lo no dia a dia, impondo restrições como o rodízio na capital paulista. E pensando em copiar a prefeitura londrina, que cobra pedágio do motorista que insiste em circular no centro da cidade.

FAIXAS EXCLUSIVAS – Outra ideia “de gênio” foi criar faixas exclusivas para ônibus, reduzindo o espaço destinado ao famigerado automóvel que só leva um ou dois passageiros em favor de aumentar a velocidade dos coletivos. (Criaram em São Paulo: a velocidade não aumentou…).

DESESTÍMULO – Mais recentemente, especialistas de grandes capitais brasileiras colocaram na alça de mira as garagens dos prédios de apartamentos. A ideia “brilhante” é limitar o número de vagas para desestimular a posse de vários automóveis por família.

SITUAÇÕES EXTREMAS – Este conjunto de recursos para desafogar centros e grandes corredores de trânsito representa a metade comum entre nossa realidade e a das grandes metrópoles mundiais. Que também adotam medidas de desestímulo ao automóvel. Porém, no sentido de resolver situações extremas e pontuais, porque o cidadão tem uma preferência natural pelo transporte coletivo. Rápido, pontual, confortável. Se Londres restringe a circulação de automóveis no centro, a cidade oferece, em contrapartida, uma rede de metrôs superior a 400 km de extensão. Paris, Nova York e outras metrópoles contam também com centenas de quilômetros em suas redes metroviárias.

RESTRIÇÃO – O Brasil insiste em restringir o automóvel, mas oferece transporte coletivo precário, ridículas redes de metrôs, ônibus desconfortáveis e ineficientes. Ferrovias são raras e as realmente estratégicas consomem anos e bilhões de reais em superfaturamento e continuam inacabadas. Ou nem saem do papel. Como convencer o dono do automóvel a deixá-lo na garagem e fazer uso do trem, ônibus ou metrô que inexistem?

SEM CRIATIVIDADE – É simples estabelecer rodízios, pedágios, faixas exclusivas e limitar vagas nos prédios. Tudo isso se resolve sem criatividade, competência nem verbas: bastam decretos e canetadas. Mas, ao pautar seu planejamento urbano com medidas semelhantes às das grandes metrópoles, nossos governantes deveriam se lembrar dos outros 50% e destinar investimentos mais consistentes ao transporte coletivo.

ALTERNATIVAS – No Primeiro Mundo, estimulam-se as alternativas ao transporte particular e convencional. Automóveis híbridos ou elétricos pagam impostos reduzidos. No Brasil, eles são classificados pela mais alta carga tributária. Na Europa, já se criam os sistemas de compartilhamento (share) de automóveis nas grandes cidades: aluga-se um compacto num estacionamento, devolve-se em outro e paga-se pelo tempo utilizado.

No mundo inteiro, a tendência é de reservar o veículo particular para os momentos de lazer e incentivar o uso de transportes alternativos no dia-a-dia. Desde que ele exista…

Via AsBEA 

Fonte: http://www.caubr.gov.br/?p=28264

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