LA-Más é uma organização estadunidense sem fins lucrativos que se dedica a desenvolver diversos projetos de design que promovem a cultura e a sustentabilidade em bairros vulneráveis.
A Diretora de Impacto Social de LA-Más, Helen Leung, é urbanista e recentemente trabalhou com o Coletivo das Artes do Valee Elysian de Los Angeles para projetar um plano de sinalização ao redor do rio da cidade, que está descuidado. Embora a cidade esteja fazendo seu próprio sistema, é preciso esperar alguns meses para que o projeto do coletivo se mantenha até que o plano municipal esteja pronto.
Tendo isto em vista, Leung fez uma lista de sete formas de baixo custo e de alto impacto que ajudariam a transformar os espaços vazios, até que se decida o que fazer com eles.
Saiba mais a seguir.
1. Pontos Gratuitos de Wi-Fi
A urbanista conta que em Los Angeles ainda está sendo debatida a criação de mais pontos livres de Wi-Fi. Mas, enquanto isto ocorre, os setores mais vulneráveis seguem sem acesso a internet. Portanto, Leung propõe a criação de pontos de livre conexão em locais vazios – ou desocupados – para que as pessoas não possam se conectar apenas após tomar um café em algum lugar. Sobre isto, postula-se que os vizinhos de terrenos baldios que tenham internet a compartilhem com quem chegue, para que estes pontos sejam mais bem aproveitados.
2. Estações de conserto gratuito de bicicletas
Além dos benefícios ambientais, e a saúde que as cidades e os ciclistas ganham ao promover e utiliza a bicicleta como meio de transporte, seu uso também é considerado uma forma mais equitativa para deslocar-se nas cidades. Por tal motivo, o ideal é que ninguém deixe de usar sua bicicleta quando esta se estragar. Para evitar essa ocorrência, Leung propõe que os bairros criem estações de reparação gratuita de bicicletas.
3. Bibliotecas comunitárias
A página do Plataforma Urbana publicou recentemente a aprovação do projeto Bibliocabinas, criado por Biblioteca Libre, que consiste na instalação de cinco livrarias comunitárias em telefones públicos em desuso nas ruas Ahumada e Estado com a finalidade de aproximar a literatura das pessoas, uma ideia que também é promovida pela urbanista.
4. Arte pública
Museu a céu aberto de San Miguel
A arte nos espaços públicos pode mudar a percepção do lugar e ajudar a realizar mais atividades sociais ali. Por esta razão, Leung busca ampliar o número de parques que contem com arte e se refere ao projeto que Michael Todd realizou no Parque de Arte Barnsdall, onde, durante quatro anos, se instalaram esculturas que demonstraram o interesse das pessoas em conhecê-las.
5. Eventos temporários
Uma forma de ativar socialmente os lugares desocupados e fazer com que a comunidade passe mais tempo neles é através de eventos. Um exemplo é o ciclo de cinema que a Corporação de Revitalização do Rio de Los Angeles realizou nas margens do rio e conseguiu reunir os vizinhos em um horário que normalmente as pessoas estariam em casa.
6. Compostagem comunitária
Em Los Angeles, Leung conta que as iniciativas para criar compostagens está tomando cada vez mais força, tanto para fins econômicos ou educacionais. Embora nesta cidade seja mais freqüente a construção de hortas urbanas, a urbanista crê que se um lote vazio se torna um lugar dedicado a compostagem, os vizinhos se sentirão interessados em saber o que acontece ali.
7. Limpeza do terreno
Muitos terrenos desocupados estão contaminados por dejetos de atividades que aconteciam neles anteriormente. Por isto, Leung conta o caso de um espaço vazio em Detroit que foi recuperado pela comunidade e por outras organizações da cidade. Neste caso tiveram que eliminar o lixo e limpar o local antes do plantio.
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