Brasil- Preocupação atual com o meio ambiente não é apenas do governo, mas sim uma exigência também da Fifa
Felipe Lima, para o Procel Info
Brasil – Acredita-se que as emissões de gases do efeito estufa são grandes responsáveis pelo cenário atual de alterações de clima no planeta. No Brasil, representantes de diversos meios sociais e políticos buscam a criação de métodos ou planos para diminuir os elevados índices emitidos por esses gases poluentes, que comprometerão, sobretudo a agricultura, a saúde, a habitação, a economia e a segurança energética. O Brasil, colocado no centro das atenções aos olhos do mundo por conta dos megaeventos, Copa e Olimpíada, enfrenta esses problemas ambientais na construção de recursos sustentáveis.
Segundo Rodrigo Aguiar, presidente da ABESCO (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia), ‘’o país conseguiu um resultado importante na redução global da emissão dos GEE através da grande redução nas queimadas em florestas, mas analisando detalhadamente, é possível ver que há um forte aumento do setor de energia e isto é preocupante. Ações objetivando frear este aumento no setor energético necessitam ser implantadas imediatamente’’.
Em âmbitos urbanos, os famosos problemas (que não se restringem apenas no Brasil, mas em várias outras cidades urbanas estrangeiras e desenvolvidas) movimentam a capacidade humana de criar novos hábitos eficazes, a fim de reinventar o ambiente no qual se vive.
O desenvolvimento da eficiência energética é uma das estratégias mais importantes nesta luta contra o efeito estufa. Ela traz benefícios climáticos e, além disso, o consumo energético está diretamente ligado à emissão de gases. O fato é que todas as cidades brasileiras sonham em se tornar totalmente sustentáveis, porém, apenas algumas delas estão apresentando resultados positivos, como Curitiba, Londrina e João Pessoa.
Segundo Rodrigo Aguiar, ‘’de acordo com o último inventário de emissões de gases realizado pelo Governo Federal, o setor de energia foi o que mais cresceu suas emissões: +21,4%’’.
Numa cidade considerada sustentável, os habitantes encontram uma boa qualidade de vida, explorando sempre o bom uso da energia e dos recursos naturais. Esses lugares oferecem também projetos envolvendo reciclagem e coleta de lixo, incentivando a inclusão social e exercendo a cidadania de todos. É o caso de Londrina, que tem um dos melhores programas de coleta seletiva de lixo de todo o país. Em Curitiba, o planejamento urbano é totalmente focado na sustentabilidade.
O Rio de Janeiro também não fica para trás. Um dos principais objetivos da cidade neste momento é garantir eficiência energética e energia limpa aos moradores. Até 2020, a meta é que sejam reduzidas 20% das emissões de gases causadores do efeito estufa. Para isso, a cidade vem utilizando uma ferramenta que avalia a energia da cidade, chamada Trace.
O Programa foi lançado pela prefeitura do Rio de Janeiro e pelo Banco Mundial na Rio+20, em 2012. A tecnologia Trace ajuda os formuladores de políticas públicas a identificar e escolher entre as melhores alternativas energéticas. Ela coleta e analisa dados de seis setores urbanos: transporte, prédios municipais, água e esgoto, iluminação pública, lixo sólido e energia/calor. Com isso, elabora planos concretos de ação que ajudam as autoridades a melhorar a eficiência energética das cidades. Desde a criação, em 2010, a ferramenta já foi usada em 23 cidades no mundo todo.
O Brasil, sede da Copa do Mundo deste ano, está construindo ou reformando estádios que obedecem aos princípios da construção civil sustentável. A preocupação com o meio ambiente não é apenas uma preocupação dos países, e sim uma exigência da FIFA.
Desde 2006, com o programa ‘’Green Goal’’, – uma política que previa medidas como compensação de efeitos de gases estufa, utilizando água da chuva, coleta seletiva de lixo e equipamentos movidos a energia eólica nos estádios - a FIFA se mostra preocupada com a situação ambiental, priorizando o tema como regra geral para toda e qualquer infraestrutura.
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