Mulheres da Arquitetura

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, destacamos a trajetória de algumas arquitetas que marcaram as cidades com talento e perseverança

                                                                                                                                                              A luta das mulheres para conquistar seu lugar na Arquitetura é antiga. E persiste até hoje. Nos Estados Unidos, apenas 18% dos arquitetos registrados são mulheres. Na Inglaterra, a proporção é semelhante: 20%. Em entrevista ao jornal inglês The Guardian, Zaha Hadid diz que há uma desistência muito grande das arquitetas em seguir a profissão porque sua confiança não é estimulada. “Quando eu dava aulas, todas as minhas melhores alunas eram mulheres. E então elas saíam do rumo”, afirmou a arquiteta iraquiana.

No Brasil, a situação bem diferente. Segundo dados do Censo dos Arquitetos e Urbanistas do Brasil, as mulheres representam 61% do total de profissionais em atividade no país, contra 39% de homens. Essa é uma tendência que vem crescendo ao longo das últimas décadas. Observando-se a faixa etária dos profissionais, percebe-se que a predominância feminina é maior entre arquitetos mais jovens. Se entre os profissionais com idades entre 41 e 50 anos as mulheres são pouco mais que a metade (57,4%), entre os 20 e 25 a anos essa taxa é de 78,3%. Os homens são maioria apenas na faixa acima de 61 anos, na qual eles são 71% do total.

Para homenagear grandes personagens dessa luta por oportunidades iguais, destacamos a trajetória de algumas arquitetas que marcaram as cidades do Brasil e do Mundo com talento e perseverança.

MARION MAHONY GRIFFIN

Marion Mahony Griffin foi uma das primeiras arquitetas licenciadas do mundo. Formou-se em 1894 pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). No ano seguinte, foi a primeira pessoa contratada pelo novo escritório do arquiteto Frank Lloyd Wright. Desenhou edifícios, móveis e painéis. Suas aquarelas, apresentando as ideias de Frank, tornaram-se a marca registrada do escritório. Já no século XX, Marion e seu marido venceram o concurso para o projeto da cidade de Camberra, capital da Austrália. Em 1914, mudaram-se para o país para supervisionar a construção. Ela Faleceu em 1961, aos 90 anos.

LINA BO BARDI


Nascida Achillina Bo, Lina emigrou da Itália para o Brasil em 1946, fugindo das sequelas da 2ª Guerra Mundial. Já tinha se formado em Arquiteura pela Universidade de Roma, projetou sua primeira residência em São Paulo, a icônica Casa de Vidro. Frequentadora das rodas intelectuais, foi contratada pelo jornalista Assis Chateaubriand para elaborar o Museu de Arte de São Paulo (MASP). Faria ainda outro espaço cultural em Salvador, o Museu de Arte Moderna. De volta a São Paulo, fez o SESC Pompeia.

Lina sempre teve uma participação intensa na vida intelectual brasileira, integrado-se ao modernismo e à cultura popular. Faleceu em 1992, quando elaborava um projeto para a Prefeitura de São Paulo.

ROSA KLIASS

Rosa é considerada uma das mais importantes arquitetas do Paisagismo brasileiro. Entre suas obras mais significativas estão a reforma do Vale do Anhangabaú e o projeto paisagístico do Parque da Juventude, ambos na cidade de São Paulo. De São Luís a Macapá, participou como autora e consultora de uma série de projetos paisagísticos de revitalização de monumentos históricos e criação de parques, além de desenvolver planos urbanísticos diretores.

Em 1976 fundou a Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP). Foi presidente do conselho diretivo da ABAP por cinco vezes e vice-presidente da região ocidental (Américas) da IFLA.

ZAHA HADID

Nascida em Bagdá, é uma das expoentes da corrente desconstrutivista, marcada pela fragmentação e pela não-linearidade nos projetos. Em Londres, estudou na Architectural Association de Londres. Depois de se graduar, tornou-se membro do Office for Metropolitan Architecture (OMA), trabalhando com o arquiteto Rem Koolhaas. Em 1979, passou a estabelecer prática profissional própria em Londres. É autora de obras como a Vitra Fire Station e a sede da BMW, na Alemanha; o Museu de Arte Contemporânea Lois and Richard Rosenthal, nos Estados Unidos, Museu MAXXI, na Itália, Glasgow Riverside Museum, na Inglaterra e o Zaragoza Bridge Pavilion, na Espanha.

Em 2004, Zaha se tornou a primeira mulher a receber o Prêmio Pritzker de Arquitetura, pelo conjunto de sua obra. Anteriormente ela também fora premiada pela Ordem do Império Britânico pelos serviços realizados à Arquitetura.

Fonte: http://www.caubr.gov.br/?p=20476

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