Zaha Hadid: "Niemeyer tinha um talento inato para a sensualidade"

Primeira mulher a receber o Prêmio Pritzker de Arquitetura (em 2004) e frequentadora assídua dos primeiros lugares em concurso internacionais de projeto, a arquiteta iraquiana Zaha Hadid conta ao jornal El País que teve a sorte de, quando criança, ter viajado na companhia de seus pais e ter conhecido, assim, algumas das obras de arquitetura e engenharia mais impressionantes da humanidade.
Maravilhada com a Mesquita de Córdoba, Hadid conta que o contraste entre a escuridão e a igreja central de mármore lhe marcou a memória, fazendo desta obra uma de suas construções favoritas ainda hoje, após o reconhecimento de seu trabalho entre arquitetos e o público em geral.
Com projetos tecnicamente inovadores e formalmente ousados, Hadid nutre por Oscar Niemeyer um carinho e reconhecimento especiais. “Ele era um virtuoso do espaço. Tinha um talento inato para a sensualidade, por isso construiu uma arquitetura moderna crítica à modernidade. Muitos arquitetos experimentaram com as formas, mas ele foi o mais ambicioso: construiu com concreto formas aparentemente líquidas”, aponta a arquiteta.
Casa das Canoas, por Oscar Niemeyer. © flickr Frank van Leersum
Casa das Canoas, por Oscar Niemeyer. © flickr Frank van Leersum
À diferença de Le Corbusier, cujo formalismo rígido mantinha-se, ao menos em suas fases iniciais, preso pelas amarras cartesianas, Niemeyer explorava a liberdade do traço curvo, abrindo, pode-se dizer, caminho para experimentações formais posteriores que têm nas obras de Zaha Hadid alguns ricos exemplos. “A lição de Niemeyer é como a arquitetura moderna pode se dar ao luxo de ser próxima, chegar a pertencer ao lugar, em vez de se impor sobre ele”, comenta Hadid sobre o arquiteto brasileiro.
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