
Fonte:http://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-311844/elemental-y-su-tipologia-de-vivienda-a-medio-terminar-un-exito-en-toda-situacion
Mas e quando projetamos uma habitação coletiva? Ou melhor, projetamos a favor da diminuição do nosso déficit habitacional? Primeiro temos que fazer alguns parênteses. Por mais que haja força politica e até boa vontade de muitos arquitetos urbanistas é muito difícil atender de maneira individual todas as 6,5 milhões de famílias que fazem parte do déficit.
é difícil lidar com as demandas individuais de cada família.
Partindo daí temos algumas alternativas: produzir modelos de projetos já prontos e engessados, como o minha casa minha vida, ou produzir projetos que sejam uma construção ao longo do tempo. Ou seja que permita adições a medida da necessidade de cada família.
A primeira, tem sido péssima. Pois o passado já mostrou o que aconteceu com esses projetos habitacionais. São afastados do centro, sem oferta de transporte público, afastados do comércio e sem oferta de escolas e serviços de saúde. Solucionar o déficit de Habitação não é só entregar casa, é entregar também qualidade de vida urbana.
Daqui alguns anos haverá degradação daquele espaço. Talvez não agora, pois está tudo muito recente, mas talvez daqui dez anos.
A segunda tem maior potencial. Realizar projetos pensando na apropriação das pessoas mais carentes pelo espaço. A favela é uma constante transformação de espaço. Sempre que possível às pessoas ampliam suas casas para cima. Os famosos puxadinhos. Não seria ideal permitir que as construções fossem ampliadas de acordo com as necessidades de cada família?
No chile isso foi feito. Há um projeto do arquiteto Alejandro Aravena criou unidades habitacionais que poderiam ser ampliadas. Ampliadas dentro de uma área predeterminada que ao longo do tempo e a partir das necessidades das famílias foi se construindo o restante do projeto. A construção de um projeto foi feita não só pelo arquiteto, mas também pela comunidade.
Ao longo da vida as famílias mudam de tamanho, os filhos crescem, moram fora, casam e tem filhos. Sem contar os parentes que viram hospedes ou até mesmo moradores nas nossas casas. Ou até mesmo é possível ampliar para abrir uma vendinha e complementar a renda da família. É preciso projetar com isso em mente e projetar o mais flexível possível. Pois as demandas estão sempre se modificando.
PUC Minas
Rogério Guimarães Misk Filho.
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Fonte: https://arqmente.wordpress.com/2015/08/11/projetar-coletivamente-ouvir-para-projetar-melhor/
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