Teatro Santa Roza, em João Pessoa, completa 126 anos de existência

Inaugurado em 1889, teatro já passou por diversas reformas e restaurações.
Tombado, o Teatro Santa Roza é um dos mais antigos do Brasil.


Teatro Santa Roza, em João Pessoa, completa 126 anos de existência e está entre os mais antigos do Brasil  (Foto: Francisco França/Jornal da Paraíba)


Teatro Santa Roza, em João Pessoa, completa 126 anos de existência e está entre os mais antigos do Brasil (Foto: Francisco França/Jornal da Paraíba)


Palco de importantes acontecimentos históricos, políticos e culturais da Paraíba, o Teatro Santa Roza, comemora na próxima terça-feira (3) mais de um século de existência. São 126 anos reunindo histórias da cena artísitca e cultural do estado. Com a sua estrutura passando por mais uma reforma, o Santa Roza, um dos teatros mais antigos do Brasil,  foi tombado e é patrimônio material do Estado. 
Entre os acontecimentos que marcam a história do teatro estão a assembleia que concebeu a bandeira oficial do Estado e a sessão da Assembleia Legislativa que mudou o nome da capital para João Pessoa, em homenagem ao então presidente do estado assassinado em 26 de julho de 1930. No período de 1911 a 1941 o Santa Roza funcionou como cineteatro. Por dentro, o edifício se assemelha à proa de um navio, está  voltado para o sul e situado no antigo Campo do Conselheiro Diogo, hoje Praça Pedro Américo, centro de João Pessoa.
O teatro é um monumento representativo da arquitetura civil de seu tempo, tem estilo neoclássico com influência greco-romana. Para a construção das paredes foram utilizadas pedras calcárias e para os camarotes e revestimento interno, madeira do tipo Pinho de Riga,  hoje considerada madeira nobre.
O espaço foi inaugurado no dia 3 de novembro de 1889,  com a apresentação do drama “O Jesuíta ou O Ladrão de Honra”, de Henrique Peixoto. Doze dias depois da inauguração do teatro, foi proclamada a República no país. Venâncio Neiva, o primeiro governante republicano da Paraíba, mudou o nome do local para “Teatro do Estado”, ato posteriormente revogado. O Santa Roza foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sendo considerado ícone da cultura paraibana e patrimônio do Estado, vinculado à Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc).
Por dentro , o Tetaro Santa Roza se assemelha à proa de um navio e tem estilo neoclássico com influência greco-romana (Foto: Antônio David/ Secom-PB)Por dentro , o Tetaro Santa Roza se assemelha à proa de um navio e tem estilo neoclássico com influência greco-romana (Foto: Antônio David/ Secom-PB)
Reforma
O espaço já passou por diversas reformas e restaurações, porém todas as intervenções arquitetônicas tiveram a preocupação de conservar o estilo original. A diretora do teatro, Adriana Pio, explica que por conta do tombamento não haverá mudança na capacidade de público ou alteração na estrutura da edificação do teatro, mas garante que se trata de um equipamento com ótima capacidade de atender a público e apresentações artísticas.
Segundo Adriana Pio, a plateia está configurada com 427 assentos; sendo 224 dispostos nos camarotes dos dois pavimentos, 194 no térreo, três para deficientes físicos, três para obesos e três no camarote do governador do Estado.
De acordo com a Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado da Paraíba (Suplan), desde o fechamento para a reforma, em 2012, diversas obras foram executadas no Teatro, como recuperação na cobertura, polimento no piso em taco de madeira, recuperação ou substituição de janelas e portas, restauração da fonte lateral, modernização da instalação de prevenção e combate a incêndio, novo projeto de iluminação da fachada e do entorno do teatro, entre outras melhorias.
Ainda de acordo com a  Suplan, já foram investidos R$ 2.515.989,44 na revitalização do  mais clássico teatro da Paraíba, quinto mais antigo do Brasil e patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep).
“Estamos terminando a conclusão da parte estrutural do Santa Roza - um dos teatros mais antigos do Brasil. Em breve o espaço continuará sendo palco de importantes acontecimentos artísticos e culturais, bem mais preparado e com uma moderna estrutura. Essa intervenção de melhorias é um marco na sua história que vem desde o século XIX, um espaço importantíssimo”, disse Simone Guimarães, diretora-superintendente da Suplan.

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