Por Giovanny Gerolla
Edição 213 - Dezembro/2011
O futuro arquiteto e pretendente à vaga de estagiário deve saber que está prestes a adentrar em um mundo de trabalho e desenvolvimento de projetos em equipe, com arquitetos de diversos graus e níveis de experiência, o que exigirá capacidade de interlocução e relacionamento, além de criatividade e muita personalidade. Isso sem contar, claro, os ingredientes básicos: cursar graduação em arquitetura e dominar ferramentas como AutoCAD ou, mais recentemente, a plataforma BIM (softwares como ArchiCAD, Bentley, Revit e Vectorworks).
"Sem dúvida, softwares de desenho ou de design serão exigência de qualquer escritório; por isso indicamos que se interem sobre esses programas desde o primeiro semestre da faculdade", diz Eduardo de Oliveira, Superintendente de Operações do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
HABILIDADE X VONTADE
Em alguns casos, a bagagem técnica pode não ser tão essencial para conseguir uma vaga, pois alguns profissionais acreditam que o conhecimento pode ser adquirido durante a experiência de trabalho. Nestes casos, são levados em conta, por exemplo, conhecimentos mais gerais - como o que o candidato sabe sobre atualidades, cultura geral e história da arte ou da arquitetura. "Com isso, o contratante busca saber sobre os interesses e núcleos temáticos de domínio do candidato", afirma Eduardo.
Para o arquiteto Maurício Karam, no entanto, a entrevista não é a etapa mais importante: "Pedimos também ao candidato que faça alguns desenhos técnicos, para entendermos um pouco melhor seu nível de detalhamento. Mas o que acabo analisando mesmo é sua vontade de aprender, pois currículo e teste demonstram pouco suas reais habilidades. Para o estagiário, o que vale mesmo é a avaliação que fazemos dele ao longo da fase de experiência".
O arquiteto Sidney Quintela concorda: tantas qualificações não serviriam muito ao escritório de arquitetura se o candidato não trouxesse consigo, principalmente, vontade de aprender e interesse na empresa onde vai trabalhar.
CARGOS
No escritório de Maurício Karam, o estagiário acaba exercendo a função de profissional júnior. Já Sidney Quintela informa que o nível de cobrança sobre o estudante, assim como os requisitos para sua contratação, vai variar de acordo com o período da graduação em que estiver. "Nosso estagiário dá suporte direto aos arquitetos que desenvolvem projetos e, inicialmente, terá de se acostumar também a algumas atividades mais braçais, como fazer cadastros e ajustes em plantas e desenhos no CAD", exemplifica Sidney.
EDUCAÇÃO E SOCIABILIDADE
Empreendedorismo, resiliência, liderança, flexibilidade, assertividade, ética no trabalho, além de boa comunicação falada e escrita. Esses são alguns dos aspectos requisitados por empresas que buscam estagiários em arquitetura.
Quem não se vê muito apto à boa convivência corporativa não deverá, no entanto, entrar em pânico desde logo - nem se imaginar, de antemão, excluído do mercado. O próprio CIEE tem oficinas presenciais de livre acesso (sem custos) em algumas de suas unidades, que buscam desenvolver inteligência emocional, relacionamento interpessoal e dar uma lição de autoconfiança para a entrevista com o possível empregador. Há ainda opções de cursos online.
A SUA VAGA
Para encontrar a vaga de cada perfil, valem ferramentas como sites pagos ou gratuitos de emprego, redes e grupos sociais, blogs e murais da faculdade. "Também é importante que o futuro profissional de arquitetura e urbanismo invista na construção de um networking, pois com seus contatos, professores e com experiências prévias de trabalho ficarão sabendo de novas vagas disponíveis", complementa Aline Christine, consultora de RH da Catho Online.
Segundo pesquisas do CIEE, 65% dos estagiários acabam sendo efetivados. O mineiro Gustavo Penna confirma as estatísticas: "Mais da metade de meus arquitetos, hoje empregados, foram meus estagiários um dia".
Procurando estágio?
Autor: iabtocantins
| Publicado em: sábado, abril 18, 2015 |
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