Instituto Tomie Ohtake promove a exposição "Arquitetura Brasileira - Ver do Meio"

Mauro Restiffe, São Paulo, Parque Dom Pedro, 2009. Image Cortesia de Instituto Tomie Ohtake                              Mauro Restiffe, São Paulo, Parque Dom Pedro, 2009. Image Cortesia de Instituto Tomie Ohtake

Nesta quarta edição do programa Arquitetura Brasileira, concebido pelo Instituto Tomie Ohtake - espaço que desde a sua fundação contempla a arquitetura, ao lado das artes plásticas e do design -, o curador convidado Nelson Brissac reuniu três fotógrafos para mostrar um olhar sobre a superfície do plano urbano, de dentro da metrópole, "como o mato que cresce entre as pedras".
O curador observa que uma das características mais marcantes da metrópole contemporânea é ela não se dar a ver. Dai a sua proposta aos fotógrafos ArnaldoPappalardo, Mauro Restiffe e Pio Figueiroa  para que apreendessem a cidade, desde suas ruas, praças e estações de trem, imersos nas situações que os habitantes experimentam cotidianamente. Desta forma a exposição não está pautada por monumentos e edifícios de rápido reconhecimento. "Trata-se de uma metrópole em que nos confundimos com aquilo que lhe é típico, às vezes algumas fotos parecem pertencer a locais distintos aos do registro", acrescenta o Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake.
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Arnaldo Pappalardo, Centro 1, 2014. Image Cortesia de Instituto Tomie Ohtake                   Arnaldo Pappalardo, Centro 1, 2014. Image Cortesia de Instituto Tomie Ohtake

Segundo Brissac, a morfologia da paisagem, o desenho urbano, o esquema das principais artérias e mesmo a localização dos diferentes bairros escapam à experiência dos indivíduos, não se deixam apreender pela observação ocular. "Olhamos para essa massa compacta de edificações e não conseguimos discernir a colina, o vale ou mesmo o córrego por ela encobertos. Tampouco somos capazes de intuir, ao andar pelas ruas, por onde passam as avenidas e as linhas de trem que articulam os pontos mais distantes da cidade", afirma.
Por isso, para a Ver do Meio os fotógrafos trabalharam um corpo a corpo com a metrópole, de dentro dela. Segundo o curador, mapear em grandes escalas exige apreender o que não pode ser medido diretamente; e não há como visualizar intuitivamente a forma do espaço em que estamos mergulhados. "Nesta mostra, o fotógrafo segue a cidade".
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Pio Figueiroa, Sem título, 2014/2015. Image Cortesia de Instituto Tomie Ohtake                                Pio Figueiroa, Sem título, 2014/2015. Image Cortesia de Instituto Tomie Ohtake

O Instituto Tomie Ohtake em seu programa Arquitetura Brasileira já realizou as mostras: Viver na Floresta, com curadoria de Abílio Guerra (2010);  O Coração da Cidade – a invenção do espaço de convivência, com curadoria de Julio Katinsky (2011); eArquitetura Brasileira vista por grandes fotógrafos, com curadoria de André Corrêa do Lago (2013).
Exposição: Arquitetura Brasileira - Ver do Meio
  • Inauguração: 27 de maio, às 20h
  • Até: 15 de julho de 2015 - terça a domingo, das 11h às 20h - entrada franca
  • Local: Instituto Tomie Ohtake
  • Endereço: Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés 88) - Pinheiros, São Paulo-SP
 
Fonte:"Instituto Tomie Ohtake promove a exposição "Arquitetura Brasileira - Ver do Meio"" 17 May 2015.ArchDaily Brasil. Acessado 20 Mai 2015. http://www.archdaily.com.br/br/766781/instituto-tomie-ohtake-promove-a-exposicao-arquitetura-brasileira-ver-do-meio

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