Edição 162 - Janeiro/2015
O sistema de lajes protendidas tem sido cada vez mais adotado em obras brasileiras. No fim da década de 1990, o método foi simplificado com a chegada das cordoalhas engraxadas e plastificadas, que permitem a execução do sistema não aderente, ou seja, dispensando bainhas metálicas e injeção de nata de cimento.
De lá para cá, o mercado passou a oferecer materiais complementares mais eficientes para o sistema. É o caso das bainhas plásticas individuais, mais resistentes ao manuseio em canteiro, das ancoragens fundidas e das cunhas bipartidas, sem anel de união.
"A protensão, no caso do sistema não aderente, é feita em uma só elevação de pressão, pois não há retificação de cordoalha e não há a possibilidade de cabos presos por pasta de cimento", conta Eugênio Luiz Cauduro, da Cauduro Consultoria.
Este tipo de laje deve ter concreto com resistência mínima de 25 MPa e é indicado para vãos de 5 m a 15 m.
"A facilidade executiva do sistema pode levar à errada suposição de que qualquer pessoa medianamente iniciada no processo pode tocar uma obra de protensão com segurança. Mas a mão de obra envolvida deve ser muito bem treinada", explica Cauduro.
A instalação de qualquer elemento deve ser realizada de acordo com o projeto de engenharia estrutural. Os desenhos devem detalhar número, tamanho, comprimento, marcação de cores, alongamento, perfil e localização de todos os cabos, assim como o plano dos apoios.
Veja os principais cuidados na hora de executar lajes protendidas.
1 Ancoragem
Com as fôrmas e armadura passiva posicionadas, inicia-se o processo de instalação das ancoragens. A posição dessas placas não pode ser alterada verticalmente. Desvios horizontais podem ser aceitos, desde que seja mantido o cobrimento adequado de concreto.
Com as fôrmas e armadura passiva posicionadas, inicia-se o processo de instalação das ancoragens. A posição dessas placas não pode ser alterada verticalmente. Desvios horizontais podem ser aceitos, desde que seja mantido o cobrimento adequado de concreto.
2 Instalação das cordoalhas
Com as ancoragens instaladas, as cordoalhas começam a ser distribuídas da extremidade morta em direção à extremidade ativa. A extremidade do cabo com ancoragem passiva é entregue já pronta e deve ser colocada na fôrma conforme indicado em projeto. Essa ponta ficará oculta após a concretagem. O trecho descoberto da cordoalha - entre a ancoragem e o início da capa plástica - não pode ser maior que 2,5 cm.
Com as ancoragens instaladas, as cordoalhas começam a ser distribuídas da extremidade morta em direção à extremidade ativa. A extremidade do cabo com ancoragem passiva é entregue já pronta e deve ser colocada na fôrma conforme indicado em projeto. Essa ponta ficará oculta após a concretagem. O trecho descoberto da cordoalha - entre a ancoragem e o início da capa plástica - não pode ser maior que 2,5 cm.
3 Obstruções na laje
Os desvios verticais da posição do cabo aceitam uma tolerância de até 5 mm em concreto, com espessura de até 200 mm; de até 10 mm em concreto, com espessura entre 200 mm e 600 mm; e de até 15 mm em concreto, com espessura acima de 600 mm. A posição horizontal dos cabos não é crucial, mas é importante evitar oscilações excessivas.
Os desvios verticais da posição do cabo aceitam uma tolerância de até 5 mm em concreto, com espessura de até 200 mm; de até 10 mm em concreto, com espessura entre 200 mm e 600 mm; e de até 15 mm em concreto, com espessura acima de 600 mm. A posição horizontal dos cabos não é crucial, mas é importante evitar oscilações excessivas.
4 Extremidade ativa
Ao desenrolar a cordoalha, é preciso deixar uma ponta do lado de fora da fôrma de borda de cada extremidade ativa (300 mm, a menos que esteja especificado o contrário). Se mais de 300 mm forem deixados em uma das extremidades, a outra extremidade pode ter ficado curta. Em seguida, a cordoalha é afixada à placa de ancoragem, de modo a impedir que o cabo se desloque durante a concretagem.
Ao desenrolar a cordoalha, é preciso deixar uma ponta do lado de fora da fôrma de borda de cada extremidade ativa (300 mm, a menos que esteja especificado o contrário). Se mais de 300 mm forem deixados em uma das extremidades, a outra extremidade pode ter ficado curta. Em seguida, a cordoalha é afixada à placa de ancoragem, de modo a impedir que o cabo se desloque durante a concretagem.
5 Concretagem
Com as cordoalhas presas à armadura da laje, inicia-se o processo de concretagem. A laje deve passar por inspeção antes de ser concretada. O concreto deve ser lançado de maneira a assegurar que a posição dos cabos e reforços permaneça inalterada. Caso saiam da posição designada, eles devem ser reajustados antes de se prosseguir com a operação. A vibração apropriada do concreto na zona de ancoragem é crítica, para eliminar vazios e bicheiras.
Com as cordoalhas presas à armadura da laje, inicia-se o processo de concretagem. A laje deve passar por inspeção antes de ser concretada. O concreto deve ser lançado de maneira a assegurar que a posição dos cabos e reforços permaneça inalterada. Caso saiam da posição designada, eles devem ser reajustados antes de se prosseguir com a operação. A vibração apropriada do concreto na zona de ancoragem é crítica, para eliminar vazios e bicheiras.
6 Protensão
A protensão não deve ser realizada antes que o concreto tenha a apropriada resistência, mas deve ser feita tão logo isso aconteça - entre três e quatro dias após a concretagem. Antes de iniciar esta etapa, deve-se verificar as indicações de projeto quanto à força de protensão e alongamento para cada cabo; extremidades dos cabos a serem protendidos; resistência mínima do concreto no momento da protensão; etapas de protensão; e ordem de protensão dos cabos. Se essas informações não estiverem claras, o projetista deve ser consultado. Quando da retirada das fôrmas, deve-se remover a peça plástica que fazia o fechamento da extremidade do cabo e limpar a parte interna do furo, caso pasta de cimento tenha entrado nela. Em seguida, posicione o macaco hidráulico para protensão. Depois, basta cortar a cordoalha, deixando uma pequena ponta de 13 mm a 20 mm fora da cunha, e preencher os nichos de protensão com aplicação de graute.
A protensão não deve ser realizada antes que o concreto tenha a apropriada resistência, mas deve ser feita tão logo isso aconteça - entre três e quatro dias após a concretagem. Antes de iniciar esta etapa, deve-se verificar as indicações de projeto quanto à força de protensão e alongamento para cada cabo; extremidades dos cabos a serem protendidos; resistência mínima do concreto no momento da protensão; etapas de protensão; e ordem de protensão dos cabos. Se essas informações não estiverem claras, o projetista deve ser consultado. Quando da retirada das fôrmas, deve-se remover a peça plástica que fazia o fechamento da extremidade do cabo e limpar a parte interna do furo, caso pasta de cimento tenha entrado nela. Em seguida, posicione o macaco hidráulico para protensão. Depois, basta cortar a cordoalha, deixando uma pequena ponta de 13 mm a 20 mm fora da cunha, e preencher os nichos de protensão com aplicação de graute.
Apoio técnico: Manual para a Boa Execução de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Aço Engraxadas e Plastificadas. Cauduro, Eugenio Luiz. 2a edição; Eugênio Luiz Cauduro, da Cauduro Consultoria; e Protensão de Laje, da 57a edição da revista Equipe de Obra.
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