Observatório lança site Habitação e Cidade


Ocupação em São Paulo


Ocupação em São PauloCrédito: Site Outras Palavras/Reprodução

O INCT Observatório das Metrópoles vem investigando a dinâmica do capital imobiliário brasileiro a fim de compreender a conformação dos territórios urbanos via políticas de moradia e, sobretudo, defender o papel da habitação social. Diante desse contexto e de um déficit habitacional em torno de 5,5 milhões de moradias no Brasil, o instituto promove o lançamento do site “Habitação e Cidade” com o objetivo de difundir a maior parte dos estudos sobre a questão habitacional produzidos pela rede de pesquisa, e mostrar que esse debate no Brasil passa pela defesa do direito à moradia e do direito à cidade.
site “Habitação e Cidade” é resultado da produção do Núcleo de Pesquisa-Ação Habitação e Cidade, coordenado pelos professores Adauto Lúcio Cardoso e Luciana Corrêa do Lago, e tem como objetivo principal divulgar de forma sistemática para o grande público, em especial para os movimentos sociais  os trabalhos acadêmicos e não acadêmicos, materiais didáticos, aulas, imagens, entrevistas, dados e notícias voltados para o tema da habitação e cidade, com a intenção de provocar um olhar sobre as interações entre esses dois temas e de unificá-los num mesmo campo de ação política.
Um dos destaques do site é o monitoramento do maior programa de habitação do país, o Programa Minha Casa Minha Vida. Desde 2009, o Observatório acompanha os efeitos produzidos pelo MCMV na construção do espaço urbano nas metrópoles brasileiras, como descrição dos recursos alocados e avaliação de empreendimentos, das diferenças de desempenho do programa nos territórios, considerando as diferenças entre metrópoles e as novas relações núcleo-periferia, até a possibilidade de construção de uma outra cidade com as experiências de produção autogerida coletivamente.
Dos estudos sobre o MCMV resultaram duas publicações da Rede INCT Observatório das Metrópoles que agora estão também disponíveis no site “Habitação e Cidade”.
O Programa MCMV e seus efeitos territoriais
livro “O Programa MCMV e seus efeitos territoriais”, organizado pelo professor Adauto Lúcio Cardoso, apresenta parte dos resultados de pesquisa desenvolvida pelo Observatório das Metrópoles, no âmbito do projeto “Estudo sobre as formas produção da moradia e seus impactos na reconfiguração espacial das metrópoles”, dentro do eixo de investigação voltado para a análise da forma de produção empresarial. Esse projeto foi desenvolvido com apoio do CNPq, dentro do programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) contando, ainda, com apoio da FAPERJ, dentro do programa Cientistas do Nosso Estado, para as atividades voltadas à análise da metrópole do Rio de Janeiro.

Segundo Adauto Cardoso, os artigos apresentados agregam contribuições importantes para que se possa iniciar um processo coletivo de avaliação dos impactos desse que talvez seja o programa habitacional mais ambicioso já desenvolvido no país, mesmo considerando os “áureos tempos” do BNH – o Programa Minha Casa Minha Vida.
“Os trabalhos têm como virtude a tentativa de desvendar as diferenças do desempenho do programa no território – tanto considerando as diferenças entre as metrópoles, quanto às especificidades intraurbanas, particularmente no que diz respeito às novas relações entre núcleos e periferias. Nesse sentido, por um lado, reafirmam e evidenciam as críticas levantadas pelos estudiosos e especialistas, desde o lançamento do programa. Por outro lado, mostram situações contraditórias, efeitos positivos e negativos, levantam dúvidas e perguntas que nos levam a afirmar que é preciso mais cuidado para avaliar os resultados efetivos do programa e, também, que há ainda muitos pontos a serem aprofundados e que certamente exigirão maiores esforços de pesquisa e de reflexão”, aponta Cardoso.
Autogestão habitacional no Brasil
O direito à cidade (e à moradia) é o direito de se disputar outras formas de apropriação do espaço urbano que subordinem a lógica mercantil às necessidades e desejos da maioria dos seus usuários e que reafirmem a cidade como força geradora de conflito social. Esse conceito lefevriano é uma das premissas que norteiam o livro “Autogestão habitacional no Brasil: utopias e contradições”.
 Fonte : http://observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_k2&view=item&id=1294%3Aobservat%C3%B3rio-lan%C3%A7a-site-habita%C3%A7%C3%A3o-e-cidade&Itemid=164

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